quinta-feira, 28 de julho de 2011

Anna, assim nasce um pai.

Dia 18 de Julho, 20:43. A Anna enfim chegou para nossa alegria! Já era parte de nossas vidas durante a gestação toda, mas agora podemos escutar olhar seu rostinho, carregá-la no colo e escutar seu choro. Por mais que os papais e mamães tenham repetido inúmeras vezes que não há nada igual a este turbilhão de emoções, não imaginava nem de perto como seria.

Quando escutei seu choro pela primeira vez, na sala de parto, fiquei sem reação, e a ficha foi cair minutos depois, quando a acompanhei até a maternidade. Ela chorava sem parar, e sem saber o que fazer, resolvi falar com ela, mesmo sabendo que seria inútil.

"Anna, o papai tá aqui do lado... a mamãe está ainda terminando a cirurgia, mas vai ficar tudo bem com ela..."

Silêncio.

Podem me chamar de papai babão, falar que é coincidência, mentira ou qualquer outra coisa, mas na minha cabeça e no meu coração, senti nos seus primeiros minutos o que é ser pai. Seu choro se transformou em pequenos soluços até escutar apenas sua respiração ofegante... aí foi a minha vez de chorar. Continuei a conversar com ela, e acariciar suas costinhas, meio sem saber o que fazer, esperando ser encaminhado para a maternidade.

Nesses minutinhos, pensei na minha esposa ainda terminando a cirurgia, e a desejei demais do meu lado. Deu aquele frio na barriga, veio na cabeça o ''agora é pra valer", e comecei a pensar na minha família, agora aumentada. Débora, Anna e eu. Obrigado meu Deus, por nos conceder esta graça.

Sei que ainda vai demorar uns anos para ela ler este post, mas deixo uma mensagem pra Anna.

"Minha filhinha, o papai sabe o quando precisa de mim e da mamãe, mas também precisamos muito de você em nossas vidas, porque você e a mamãe agora me completam. Seja benvinda, viva intensamente, e ame sem medo. Te amo infinitamente, por toda minha vida."


Tem uma música do Toquinho que já está bem usada para estas ocasiões, mas não deixa de ser perfeita. Uma mensagem de um pai, fazendo papel de um caderno, daí o título da música, "O Caderno". Confesso que mal consigo tocá-la no violão, não pela dificuldade, mas por que caio em lágrimas no meio da música toda vez que tento tocá-la.

"Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-ba
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega,
Seus problemas ajudar a resolver
te acompanhar nas provas bimestrais você vai ver
Serei de você confidente fiel,
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer"






domingo, 3 de julho de 2011

Quase Lá...

Falta alguns dias até podermos carregar no colo nossa primeira filha. Essa pequena já está nos dando muitas alegrias, ao responder com chutes e o tal "Alien" cada vez que ela fala com o papai, e também sempre que alguma música esteja tocando.


O ninho preparadíssimo (até demais na cabeça do papai) nos deixa um pouco mais tranquilos. A listinha do que pegar quando for a hora está no celular. Malas, câmeras, baterias carregadas, lembrancinhas, quadrinho da maternidade, entre outras coisas... tudo pronto.

Mas será que o papai aqui está pronto?

A Dé está demonstrando muita segurança e tranquilidade. Convidou a mamãe de uma recém-nascida para fazer um "test-drive" no quarto da Anna, ver se a disposição do quarto está prática. Foi tudo muito bem, limpou um cocô modestamente caprichado, carregou no colo, aprendeu como colocar a cadeirinha nos táxis, etc.

A Dé veio pro meu lado com a nenê, querendo que eu a carregasse no colo, e eu quase surtei. Todo mundo da família sabe que tenho medo de machucar a criança, que parece ser um serzinho tão frágil... Pensei: essa é a última vez que amarelei pra carregar um nenê! Depois disso é minha própria filha, que vai precisar muito do colo do papai.

E pra piorar, acho que esse medo foi aumentando com a proximidade de eu ter um filho. A prova é a foto abaixo, de 2004, onde estou com minha primeira afilhadinha no colo, a Malu, com dois dias de vida! Tá certo que não pareço muito confortável, mas dá pra encarar sim! Vamos lá!