domingo, 8 de novembro de 2009

Feras do Samba!

Momento nostalgia TOP-Relíquia: Feras do Samba!
Nossa, quanta saudade daquela época, que era muito boa! Estávamos no Colegial, e até estudávamos bem, mas nas horas vagas, tínhamos essa diversão: Pagodear até os braços cansarem, a voz acabar, o vizinho reclamar ou a polícia chegar!
Desse grupo surgiu a maioria dos meus grandes amigos, que com certo esforço ainda conseguimos nos encontrar. Tá certo que o encontro de todo grupo é praticamente impossível, mas até que podemos tentar este ano, seria muito bom pra gente!

Acima: Ronaldo, Peba, Cavatão, Tubarão (só o cotoco da cabeça), Fera, Job, Erlon?, Rafinha e Eu!!!

Abaixo: Klebim, Eu, China, Rafinha e Marquinho!


Eu comecei no pagode tocando chocalho, simplesmente porque era amigo deles... mas minha carreira era promissora, hahahah, e então fui promovido várias vezes dentro do grupo. Comecei como tocador de chocalho, que ficava no Segundo plano do grupo, lá no fundo… depois tocava chocalho e fazia a coreografia, aqueles passinhos toscos, tipo eu menti, manja? “Ai Vem o Desespero… pa pa pa… ” Depois comecei a rachar um microfone com outro pagodeiro pra fazer segunda voz nos refrões das músicas do Raça Negra (oooo oooo oo – jeito felino), e ainda tocava o tal do ganzá (aprendi outro nome pro chocalho pra soar mais profissional).
A vantagem de tocar o chocalho era que eu era o único do grupo que tocava com uma mão só… o instrumento. A outra mão ficava livre, e eu conseguia pegar as coxinhas, salgadinhos, refri, suco, etc… mas quando cheguei na idade de tomar cerveja (e tocar chocalho ao mesmo tempo), já tinha sido promovido pra um instrumento que se toca com as duas mãos…
Passei a tocar o tantan, que usa as duas mãos, e exige uma baita coordenação, aí eu não conseguia mais CANTAR! Ou eu tocava ou eu cantava! Era muito difícil fazer os dois ao mesmo tempo, mas com o tempo eu fui me acostumando. Deve ser tão difícil como fazer a barba e pentear o cabelo ao mesmo tempo, ou como escovar os dentes e tocar uma ao mesmo tempo… mas com o tempo eu fui me acostumando. (Tocar uma música, hehehe)
O engraçado é que Grupo de Pagode e Roda de Samba é igual pára-raio de bêbado, não era sempre, mas na grande maioria das vezes, aparecia um bebum para apreciar nossa música, dar sugestões e até pedir pra tocar. Lembro uma vez que apareceu um bêbado e sentou do lado do meu irmão Mateus, mas tinha uma cadeira vazia entre eles. Meu irmão começou a fingir que conversava com a cadeira, e o bêbado foi ficando encanado, olhava pra cadeira vazia e não entendia nada, coçava os olhos, olhava pra cadeira novamente… até que o Mateus fingia que o “ocupante invisível da cadeira” estava cutucando-o sem parar, e o Mateus falava pra cadeira vazia: Pára, num tá vendo que eu to tocando? Acontece que o Bêbado tomou as dores do meu irmão, enfezou com o “ocupante invisível da cadeira” e ainda gritou com a cadeira: Pára, num tá vendo que vc tá incomodando!!! Foi Hilário, só estando lá pra saber mesmo!Com esse pagode, temos muita história, muitas alegrias e lembranças ótimas. Mas um dia tudo acaba, né… quando conseguia tocar tantan, cantar e dançar os passinhos ao mesmo tempo, o grupo acabou!!! Perdi todo meu investimento, minha carreira, minha coordenação, meu talento acumulado, e fui pra faculdade… mas não perdi os amigos, nem as lembranças boas! Essa época foi inesquecível!

Um comentário:

Aracéli e Paulo Carneiro disse...

Aiiii... que tempo bom esse né? Eu lembro de vc com aquela carinha de moleque! hehehe. Mudou né? Mas vc tá jovem ainda viu?
Lembro das coreografias, da turma, das palhaçadas, dos salgadinhos e refris... Ah! E me lembro com muuuita saudade do friozinho que dava na minha barriga quando eu via que o Paulo estava assistindo vcs!!!! Eu sempre torcia para ele ir com vc!!! E quando ele ia, confesso que não olhava pra mais nada!!! Nem para as "dancinhas" engraçadas... hehehehe
Bons tempos...
Abraços com muuuita saudade! Ara.